terça-feira, 3 de maio de 2011

Réquiem dos boçais



Réquiem dos boçais






      Enceto aqui como provocação direcionada àqueles que menosprezam e querem ser superiores às outras pessoas; O presente é a única forma de existência real do qual não se pode recusar, é onde todo esforço é contrariado por dificuldades até que a vitória seja conquistada.  A inconstância corrobora para certa insegurança: Tudo o que existe, no próximo momento, daqui a pouco, já se foi. Todavia, esses indivíduos baldados continuam agredindo seu próximo com ofensas. Isso ocorre porque querem se sobrepor e SER. A existência desses, agora, está marcada e determinada pelo desassossego. Inconscientemente percebem que a felicidade imaginária que galgam a todo custo raramente  alcançam  e, quando alcançam, é apenas para sua desilusão. Por via de regra, no fim, são náufragos, chegando ao porto com mastros e velas faltando. E assim continuam as ofensas, lógico. A vida deles deve ser algum tipo de erro, com base no fato de que o homem é uma combinação de necessidades difíceis de satisfazer; Ademais, se forem satisfeitos, tudo que obtêm é um estado de ausência de dor, no qual nada resta senão seu abandono ao tédio. Desse modo restam as ofensas.
         -Ahh, quantas ilusões!
     Mesmo a magnificência e o esplendor dos ricos (ou aqueles que pensam ser) em seus castelos imponentes, no fundo, não passam de uma tentativa fútil de escapar da essência existencial: A miséria. Continuam as ofensas. Sacolas e mais sacolas, pessoas falando de Jesus e no fundo transcrevendo as atitudes dos romanos. Pregando na CRUZ que é “diferente”.
        -Ahh, quantas ilusões!
       Ainda assim continuam as ofensas. Minhas mãos estão limpas como as de Pôncio Pilatos, mas ainda sim escrevo esse réquiem. As ofensas que surgem de vocês é uma felação no meu grandephallus mental, e eu gozo muito de vocês, ou em vocês, tanto faz...






Um comentário:

  1. Eu adoro esse texto, foi a crítica mais original que eu já li!!

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